segunda-feira, 11 de junho de 2012

Folha de S. Paulo publica artigo de minha autoria sobre privilégios dados aos gays

Leia a seguir a íntegra do artigo:

O assunto é Parada Gay
Direitos ou privilégios?

Hoje, contrariar homossexuais é homofobia. Por que só segue na Paulista a Parada Gay? Por que psicólogos são impedidos de atender quem busca ajuda?

Carlos Apolinario

A Prefeitura de São Paulo e o Ministério Público fizeram acordo para proibir grandes concentrações na avenida Paulista, entre elas a Marcha para Jesus e o Dia do Trabalho. Nesse mesmo acordo, porém, permitiram a Parada Gay na Paulista. Nesse caso, houve privilégio aos gays e discriminação aos demais.
Qualquer debate que contrarie os homossexuais é tratado como homofobia. O que vem ocorrendo em todo país é um verdadeiro proselitismo em favor dos homossexuais.
É como se fossem uma categoria especial, como se suas preferências sexuais lhes dessem o direito de serem tratados como seres acima do bem e do mal.
Recentemente, a imprensa publicou a decisão de um juiz do Recife que deu a dois homossexuais que vivem juntos o direito de dividir a paternidade de uma criança do sexo feminino gerada por fertilização in vitro. A criança foi registrada como filha dos dois homens. Um deles é o pai biológico. O óvulo utilizado é de uma doadora anônima, e a gestação ocorreu no útero de uma prima.
Segundo a reportagem, o juiz decidiu com base na Constituição, alegando o direito à igualdade e à dignidade da pessoa humana e a obediência aos princípios da não discriminação, da liberdade e do livre planejamento familiar.
Aqui cabe uma pergunta: quando se defende o direito dos homossexuais de gerar uma criança in vitro, algum psicólogo ou juiz já parou para pensar como esta criança se sentirá diante dos seus colegas na escola ou na rua da sua casa, quando ela tiver que enfrentar o mundo, para explicar que está registrada no nome de um casal formado por duas pessoas do mesmo sexo?
Quando um homem ou uma mulher, já adultos, assumem sua homossexualidade, por decisão pessoal, eles sabem as dificuldades que enfrentarão perante a sociedade, ainda que tenham o direito de tomar tal decisão.
Porém deveríamos nos preocupar com o fardo pesado que essa criança terá de carregar, sem ter sido dado a ela o direito de escolha. O que acontecerá com uma criança que vai morar com duas pessoas do mesmo sexo que têm relacionamento sexual? Como estará a cabeça dela durante a infância ou a adolescência?
Quando dois homossexuais adotam uma criança, dizem que a adoção é melhor do que deixar a criança passando fome na rua.
Se perguntarem à sociedade se é preferível uma criança criada por dois gays ou vivendo na rua, é claro que todos dirão que é melhor a adoção por um casal gay. Porém, quando a discussão é colocada dessa forma, parece que o direito da criança vem por um prato de comida, pois ninguém discute de maneira mais ampla os direitos da criança em relação à adoção.
Se alguém quiser fazer esse debate, é logo chamado de homofóbico. É o que acontece quando um psicólogo levanta essa discussão. Com certeza será ameaçado pelo Conselho Federal de Psicologia, como ocorre com profissionais que aceitam como pacientes homens e mulheres que, por livre e espontânea vontade, procuram ajuda para deixarem de ser homossexuais.
Em qualquer discussão que envolva um hétero e um homossexual, o hétero, em princípio, está errado, e o homossexual é um coitadinho indefeso. Eles são sempre as vítimas e, quando se fala dos direitos deles, esquecem-se dos direitos dos demais. Por que só a Parada Gay permanece na Paulista? E o direito dos demais? Da mesma forma, no caso da adoção de crianças, devemos perguntar: e os direitos da criança?

CARLOS APOLINÁRIO, 60, advogado e empresário, é vereador em São Paulo pelo DEM

4 comentários:

  1. Sugiro a leitura

    http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2012/06/11/como-garantir-que-a-vida-dos-filhos-de-homossexuais-seja-um-inferno/

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  2. "como esta criança se sentirá diante dos seus colegas na escola ou na rua da sua casa, quando ela tiver que enfrentar o mundo"
    É a intolerância e pessoas como você que incitam a violência moral que transformam a vida dessas crianças em inferno. Se ninguém a condenasse por preconceito ela não sofreria nada.
    O engraçado é que se coloca isso como algo de força maior, não um assédio moral criado pelos intolerantes.
    É um assédio cruel como sofrem as crianças gordas, míopes, baixas, negras... pq elas não são "perfeitas" como a grande maioria que vive de aparências é.

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  3. Algumas considerações:

    1 - Apolinário se utiliza do abominável preconceito que filhos de país homoparentais passam na escola, para defender a PROIBIÇÃO de que homossexuais tenham filhos. POrque então ele não defende a estruturação de políticas de formação para a diversidade na escola? - esses mesmos parlamentares têm se mobilizado contra sua implementação...Enquanto as crianças não conviverem com filhos de casais homoparentais... essa realidade será sempre estranha para elas... preconceito se supera no contato diário..

    2 - O que os fundamentalistas querem não é garantir a liberdade de que "homens e mulheres livres procurem ajuda para deixarem de ser homossexuais"... o que eles querem é INTERVIR no Conselho de Psicologia e obriga-lo a chancelar esse "tratamento"... Quem quer procurar um pastor/a para mudança de sua orientação sexual... que faça (duvido muito que dê certo)... mas não em nome da psicologia, que já constatou que as homossexualidades não são doenças a serem curadas... mas sim uma das multiplas formas de vivência do desejo humano (e também dos animais)...

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  4. A vida de uma criança adotada por um casal gay só vai continuar sendo difícil no futuro se ignorantes como você continuarem a espalhar esses ideais de segregação e e desrespeito baseados numa suposta palavra divina muito mal interpretada. Se não fosse gente como o senhor, essas crianças seriam tão ou mais felizes que crianças de lares "tradicionais".

    Talvez haja um excesso de zelo com as questões gays hoje em dia, mas isso só está acontecendo porque pessoas estão sendo mortas, sendo violentadas, humilhadas e abandonadas, diariamente no país inteiro, então não se pode dizer que essas pessoas não estejam precisando de proteção legal e jurídica, pois a ignorância e o radicalismo religioso não tendem a arrefecer e deixá-las viverem em paz.

    JPQM - Heterossexual, cristão.

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